Quando se está com raiva existe a palavra, o grito, os argumentos e até
a vontade de ficar longe.
Quando se está feliz existe o abraço, o carinho, o aconchego e as
risadas compartilhadas.
Quando se está triste existem as lágrimas, o desabafo, a mão estendida e
o ombro que vai amparar o rosto.
Quando se está com saudade, não existe nada… não há presença, cheiro,
olhar, sorrisos, voz ou proximidade da pessoa que se quer ter perto.
Saudade é vazio preenchido de vontade, é sede que não sacia, é fome que
não acaba. Saudade é falta.
Saudade é estar só e ao mesmo tempo rodeada de uma presente ausência, de
pensamentos recorrentes, de desejos intermináveis.
Saudade é dormir sentindo, sonhar revivendo e acordar enquanto a alegria
continua adormecida.
Saudade não tem cor, mas pode ser cinza quando não há volta ou iluminada
como o sol, quando sabemos que estaremos perto de novo.
Saudade é contar o tempo e acreditar que ele está mais lento, é ter a
sensação constante de que toda a angústia acabará em alguns minutos, dentro de
um abraço.
Saudade é não saber e tentar imaginar onde está quem queremos.

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